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Exclusivo! Goleada faz FPF pedir investigação sobre Tupã

O placar elástico na Copinha contra o Cuiabá levantou suspeita sobre esquema de apostas, mas diretoria nega qualquer envolvimento do time tricolor. Ouça texto

A CPJ – Central de Polícia Judiciária abriu inquérito para investigar suspeitas sobre o resultado do jogo que culminou com um elástico placar para a equipe do Cuiabá-MT contra o Tupã Futebol Clube, na Copinha, em 9 de janeiro. Na oportunidade o “Tricolor Mais Querido da Alta Paulista” foi goleado por 10 x 0.

O ge.globo lembrou que a vitória do Cuiabá por 10 a 0 sobre o Tupã, entrou para a história da Copa São Paulo de Futebol Júnior.

“O resultado ocupa um lugar no Top-15 das maiores goleadas de todas as edições do torneio de base. O atropelamento do Dourado está na 15ª posição do ranking, que antes pertencia ao 9 a 0 do Avaí sobre o Santana (AP), na Copinha 2022, e iguala outros cinco pelo mesmo marcador”, diz a reportagem.

O resultado, quando já estava em curso a investigação da PF – Polícia Federal sobre as denúncias de esquema de apostas pela Operação Penalidade Máxima pode ter contribuído para as suspeitas e a tomada de decisão da FPF.

Por via das dúvidas, um documento foi enviado ao MP – Ministério Público de Tupã, solicitando apuração sobre o resultado e, por consequência, contra os atletas que participaram da fatídica partida para o Tricolor.

O MP ao receber o documento, o encaminhou à Polícia Civil, com um pedido de diligências para apurar as suspeitas apontadas pela mandante do futebol paulista.

CARTA PRECATÓRIA

A Polícia Civil instaurou inquérito e iniciou os trabalhos da complexa investigação, considerando que a Copinha – Copa Paulista de Futebol Júnior envolve equipes de todo o território nacional e, por isso, muitos dos envolvidos no jogo só poderão ser interrogados através de carta precatória.

Carta precatória é uma forma de comunicação entre autoridades, que estão em estados diferentes, com objetivo de cumprir algum ato de investigação, onde requisita-se de outro Estado ou comarca o cumprimento de algum ato necessário ao andamento de um procedimento processual.

O inquérito dessa investigação envolvendo atletas do Tupã Futebol Clube está nesta fase. A Comissão de arbitragem é de São Paulo, mas dirigentes e jogadores são de diversos estados, mesmo os que atuavam pelo Cuiabá, equipe Matogrossense.

Além desse procedimento o de interrogar envolvidos à distância, a Polícia Civil deverá solicitar à Justiça a quebra de sigilo bancário, inclusive, de jogadores e até de diretores para tentar chegar a algum resultado.

Outra possibilidade é a de também intimar os responsáveis pelas principais casas de apostas brasileiras para desvendar quem eventualmente seriam os principais apostadores e operadores e que poderiam ter alguma ligação com atletas de uma competição juniores como esta.

A quebra de sigilo bancário de atletas e até de diretores das equipes, sobretudo, do Tupã é quase certa. Isso é um procedimento normal de uma diligência dessa natureza.

O resultado daquilo que for encontrado poderá indicar culpabilidade ou a inocência dos investigados. O sigilo telefônico de todos alvos da investigação é outra norma que deverá ser seguida.

A apuração iniciada em Tupã, é diferente da operação nacional que desarticulou a organização criminosa, a partir de trabalhos prévios de escutas telefônicas e quebras de sigilos bancários e fiscais.

Por isso, a Polícia de Tupã poderá demorar meses ou mais de um ano, sem que se alcance um resultado satisfatório.

OUTRO LADO

Foto: Arquivo pessoal

A presidente Fabiane Bizo e o diretor de esportes Gilson Menezes negaram, que a instituição TFC esteja sendo investigada. “O TFC não está sendo alvo dessa investigação, são os jogadores do time, assim como os jogadores do time adversário”, esclareceu Bizo.

“Estive na Federação Paulista de Futebol e a entidade explicou que o resultado elástico é que chamou a atenção, mas não tem nada a ver. O Cuiabá disputa o futebol da primeira divisão e o Tupã a quarta divisão do futebol paulista, com jogadores menores de idade, na sua maioria”, disse Menezes.

NA MARCA DA CAL

A investigação realizada pela Operação Penalidade Máxima já resultou em desfecho nada satisfatório para jogadores envolvidos no esquema, segundo o portal R7Esportes.

Divulgação Vila Nova

O jogador Romário, ex-Vila Nova, foi banido do futebol por ter participado do esquema de manipulação de partidas, no ano passado, revelado pelo Ministério Público na Operação Penalidade Máxima.

O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (29), na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. Além do banimento, ele foi multado em R$ 25 mil.

Divulgação Vila Nova

Gabriel Domingos, que também atuou pelo clube goiano no ano passado, recebeu uma dura punição e foi suspenso por 720 dias (dois anos), além de ter sofrido uma multa de R$ 15 mil.

A dupla se junta ao jogador Nikolas Farias, ex-Novo Hamburgo, como os primeiros atletas denunciados pelo MP goiano a ser punidos.

Em julgamento na semana passada, Nikolas foi suspenso pelo mesmo período de Gabriel e deverá pagar uma multa de R$ 80 mil por ter cometido um pênalti de propósito durante uma partida do Campeonato Gaúcho deste ano.

Na primeira fase da operação, 14 pessoas, oito delas atletas, foram denunciadas pelo MP.

Outros jogadores, como Eduardo Bauermann (Santos), Paulo Miranda, Gabriel Tota (ex-Juventude), Fernando Neto (ex-Operário), Victor Ramos (Chapecoense) e Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa), entre outros denunciados entre a primeira e segunda fase da Penalidade Máxima, também passarão pelo tribunal do STJD.

Leia também: EXCLUSIVO: apostadores do Brasil exigem capital investido em apostas da “Lance Certo”

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