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Sede da PM em Tupã, mais uma obra que ficou sem investigação

Meio milhão de reais jogado pelo “ralo” da impunidade. O prédio, com menos de 10 anos de uso terá que ser demolido. 

Cerca de meio milhão de reais jogados fora
Cerca de meio milhão de reais desperdiçado

Essa é apenas mais uma, das dezenas de obras que, por capricho da impunidade, o dinheiro público “vazou” pelo “ralo” da corrupção. Nem o próprio prédio da corporação escapou do desmando daquilo que é uma obra pública no Brasil. Tupã tornou-se referência neste quesito, entre 2005 a 2012.

A sede da 2ª Companhia da PM, localizada na Avenida Tamoios, esquina com a Guaranis, é um retrato desse passado recente que deixou cicatrizes da imoralidade e prejuízos financeiros aos munícipes.

A obra inaugurada há menos de 10 anos, em 8 de junho de 2010, mas já habitada desde fevereiro daquele ano, sucumbiu ao menosprezo de homens públicos incapazes de sequer fiscalizar o andamento de uma edificação.

O curioso, é que guardadas as devidas proporções, o prédio ficou mais tempo em construção que em uso. Foram precisos cinco anos para finalizá-lo, com todos os problemas que o levarão a ser demolido.

O prefeito da época, Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) relatou na inauguração parte da história da obra que durou cerca 2.000 dias para ser concluída. “Tupã tem se tornado um pólo regional e as coisas tem crescido por aqui. Espero que até o fim de 2012 tenhamos, pelo menos, algo encaminhado para a formação de um batalhão na cidade”. A história do batalhão todos sabem que caiu pelo chão, mas nem o prédio da Companhia permanecerá em pé.

Matéria publicada no jornal Diário de segunda-feira (22) informa que um levantamento técnico confirmou problemas estruturais e de execução. Segundo o comandante da 2ª Companhia, capitão André Vander Zambelli, que também é arquiteto, uma licitação deverá ser feita para contratar uma empresa para demolir o prédio.

– Chegamos à conclusão de que não foi feita a devida compactação do solo. Nesse aterro foi notada a presença de sujeira, excesso de demolição.

De acordo com laudo técnico de uma empresa contratada para fazer um laudo sobre as instalações, constatou-se que as estacas não atingiram as profundidades especificadas no projeto inicial. Por isso, o prédio foi condenado. Reformá-lo seria desperdiçar mais dinheiro do cidadão.

O PRÉDIO

Ex-prefeito Waldemir e autoridades militares durante inauguração
Ex-prefeito Waldemir e autoridades militares e civis durante inauguração

O prédio, destacava o extinto jornal Folha do Povo – orçado em cerca de R$ 365 mil, está localizado em um ponto estratégico da cidade e apesar das dificuldades na execução da obra, a nova sede oferece todo suporte técnico para os setores administrativo e operacional da corporação. Com acesso na avenida Tamoios e na rua Mandaguaris, as novas instalações garantem maior agilidade na saída das viaturas, que agora contam com garagem coberta.

O quartel também dispõe de salas mais amplas para abrigar a Central de Operações (Copom). A nova sede da PM, considerada uma das mais modernas da região, foi iniciada em 2006 e sofreu vários atrasos no cronograma função dos vários problemas enfrentados pela empresa vencedora da licitação, que não conseguiu concluir o trabalho apesar dos vários aditamentos de prazo.

Para garantir a conclusão da nova sede, o governo estadual foi obrigado a rescindir o contrato com a construtora e realizar uma nova licitação. A nova empresa contratada teve a incumbência de não só finalizar as obras previstas, mas também de refazer vários serviços já executados pela antiga construtora, além de executar trabalho de reforço da fundação.

Durante o período de obras, a 2ª Companhia da PM de Tupã foi provisoriamente transferida para a rua Guaranis, em um imóvel locado pela prefeitura. Com a conclusão das obras no final de 2009, a PM de Tupã iniciou a transferência gradativa da estrutura para a nova sede no início de 2010, mas 9 anos depois, tudo vai para o chão.

A administração municipal também investiu cerca de R$ 65 mil no prédio, viabilizando a implantação do gabinete odontológico, que atende policiais de Tupã e região, além de beneficiar também os policiais da Polícia Rodoviária, Posto de Bombeiros e da Polícia Ambiental.

Leia também: Falência múltipla: Waldemir “movimentou” cerca de R$ 50 milhões em obras irregulares em Tupã

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