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A semana em que a oposição “governou” a situação em Tupã

Sob a regência de “Ribeirão”, Telma Tulim tornou-se líder do governo, e Valter Moreno foi destituído do cargo. Mas, por trás de toda essa articulação também esteve o próprio chefe do Executivo tupãense em exercício Caio Kanji Pardo Aoqui (PSD).

Aoqui comandou a agenda
Aoqui comandou a agenda

Foi como num filme de “serial killer”. Uma noite de terror para as pretensões da situação. Para o líder destituído Valter Moreno Panhossi (DEM), foi um “crime” o que fizeram. A ciência forense ensina que o criminoso em série assina suas ilicitudes. Considerando a tese, a assinatura sancionando as matérias aprovadas deram os “50 tons de cinza” para um governo eminentemente verde.

Tudo aconteceu durante a ausência do titular. O substituto iniciou seu primeiro dia no poder e com poderes para inverter a lógica. A base de José Ricardo Raymundo (PV) não conseguiu acompanhar o ritual que culminaria num desfecho humilhante.

Como num jogo de cartas, o “naipe” não triunfou. A parada falsa enganou o oponente. Truco!

COM LICENÇA   

Na sala da situação
Na sala “da casa” da situação

Criticado por se licenciar e não permitir que o vice-prefeito assumisse, ainda no primeiro ano de governo, Ricardo Raymundo fez diferente na semana passada, dia 31. Transmitiu o cargo de prefeito ao jovem Caio Aoqui, com todos os poderes que a Lei Orgânica lhe confere, para exercê-lo no período de 4 a 7 de fevereiro.

A Câmara voltou do recesso na segunda-feira. Naquela noite seria realizada a primeira sessão ordinária de 2019, mas durante o dia, vereadores situacionistas ficaram alheios a movimentação de bastidores no Legislativo e no gabinete do prefeito.

À noite, a oposição atropelou a situação. A situação foi tão embaraçosa, que por um instante parecia ter ocorrido uma inversão de conceitos, “prefeitinho em exercício que não sabe nada, vamos sentar com esse bola murcha e vamos conversar…”, esbravejou Valter Moreno Panhossi (DEM), ao perceber a manobra que o tiraria da liderança do prefeito. Ouça, clique sobre AUD-20190206-WA0064

A propósito, seria a estreia de Valter Moreno, como líder do Executivo, mas ele não conseguiu exercê-la. Na abertura da sessão, foi lido o expediente vindo da prefeitura informando de que a liderança seria da opositora Telma Tulim (PSDB).

Desta forma, os projetos que seriam apreciados e votados até altas horas da madrugada de terça-feira (5) não poderiam ser retirados da pauta pelo líder deposto.

A oposição acusava que Valter Moreno estaria enciumado pelo fato de não ter participado das discussões que levariam a aprovação das matérias, paradas no Legislativo desde o ano passado, aguardando resolução definitiva.

SANÇÃO

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O tom de desalento da situação aconteceu na tarde desta terça-feira, quando o prefeito em exercício, Caio Aoqui sancionou a Lei Complementar aprovada pela maioria dos vereadores concedendo terrenos para implantação de uma usina de queima de lixo orgânico, e de área para instalação do Centro de Distribuição do Supermercado Kawakami.

A sala de reunião do Paço Municipal estava vazia. Na foto aprecem apenas Caio Aoqui e os vereadores considerados oposicionistas. Nenhum integrante do “staff” de Ricardo Raymundo acompanhou a cerimônia que ratificou o desfecho de uma ação engendrada de forma sinérgica – demonstrando a capacidade de poder de fogo que ganhou a oposição dentro da própria situação.

Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP) regeu o “meio de campo” político e emplacou três “derrotas” às pretensões de Valter Moreno. O pastor Eliézer de Carvalho (PSDB) estreou como presidente da Câmara com o pé direito.

Caio Aoqui deixará o cargo de prefeito em exercício nas próximas horas, com o retorno do prefeito José Ricardo Raymundo na sexta-feira (8), em meio a esse eventual “fogo amigo do bem”.

Fogo amigo (do inglês: Friendly fire) é uma expressão eufêmica utilizada militarmente no que tange os aspectos de ataques aliado a aliado, ou inimigo a inimigo. Com a palavra os militares aliados à base de sustentação do Executivo.

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