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“As Forças Armadas serão obrigadas a agir”

O Brasil está caminhando para o golpe militar.

Por Diogo Mainardi

O general Maynard Santa Rosa, em entrevista à Crusoé, evitou chamar o golpe militar de golpe militar. Preferiu chamá-lo de “ruptura”, “intervenção” ou “operação de controle”.

Ele disse:

“Eu não acredito na intenção de ruptura, mas que a ruptura possa acontecer por força das circunstâncias. Um impasse formal, uma decisão do Supremo deixar de ser cumprida ostensivamente, por exemplo. Ou uma decisão do Legislativo ser violada pelo Judiciário. Acho que estamos caminhando para isso. É grave. Não creio que haja intenção de ninguém de fazer ruptura, mas creio que a ruptura é a tendência, por força dessas circunstâncias. Não estou falando em golpe. Mas de intervenção para retomar o equilíbrio institucional.”

O general Maynard Santa Rosa foi chutado por Jair Bolsonaro, mas continua sendo essencialmente bolsonarista:

“Eu não defendo, não concordo com ele. Entendo que ele age por palavras, enquanto o STF age por atos. Aí que está o problema. Então, o que estamos vendo é um presidente que age com palavras, o STF que age com atos e um Congresso que age por omissão. Isso vai gerando um clima instável. Eu não estou preocupado, mas sei que, se houver uma ruptura da ordem em algum momento, infelizmente, vai ter que haver uma operação de controle. E aí as Forças Armadas serão obrigadas a agir. Nenhum dos integrantes do Alto Comando que eu conheço tem o menor interesse nisso. Pelo contrário, esse assunto é empurrado com a barriga. Mas, se ocorrer um impasse de fato, não tem saída.”

Fonte: O Antagonista

Leia também: Nem Lula, nem Bolsonaro, nem golpe

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