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Paulo Henrique Andrade, um vereador de esquerda e de direita

O parlamentar conhecido como surfista joga nas extremidades, guiado por motivo de interesse próprio. Ouça texto

Vereador de segundo mandato, Paulo Henrique Andrade, o “PH” vive hoje uma situação antagônica daquela em que também se aproveitou da situação para tripudiar em cima do ex-prefeito José Ricardo Raymundo (PV), cassado em 2019, sob acusação de ineficiência.

Quatro anos depois, PH cogitado a ser um prefeitável tem surfado em todas as situações que lhe sejam favoráveis, inclusive, a de participar de atos antidemocráticos, mesmo sendo eleito pelo voto direto e através de urnas eletrônicas.

Por outro lado, não teve coragem de se solidarizar em público, em favor de duas tupãenses presas após a invasão em Brasília, em 8 de janeiro.

Na mesma proporção em que demonstra interesse em participar de tudo, tem se envolvido em polêmicas desnecessárias que o levaram a vias de fato, após incidentes intempestivos fora e dentro do parlamento.

Com o ex-vereador Luis Alves de Souza, em 2020, PH saiu com o nariz fraturado.

Fora do parlamento, mas ainda no meio político, em 2018, teria desferido um golpe com os pés no peito de João Paulo Mantovani – assessor do deputado federal Fausto Pinato (PP).

A origem política do vereador é desconhecida do grande público. Reeleito pelo ninho tucano – o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de repente, surgiu como um dos mais ferrenhos defensores de bloqueios em rodovia e na porta de quartel, em sinal de protesto contra o que a direita chama de “avanço do comunismo”.

PH tira proveito da condição comum entre o eleitor brasileiro, o de ignorar as origens. Apesar de abastado, o edil surgiu para a política em 2016, quando foi eleito pelo Partido Popular Socialista (PPS), criado em janeiro de 1992, durante o X Congresso do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

O PPS se considerava sucessor do PCB, o qual foi reconstruído, posteriormente, por outras lideranças. O deputado federal pernambucano Roberto Freire (Foto ao lado de PH) foi escolhido presidente nacional do PPS. Em março de 2019, a sigla teve autorização para mudar seu nome para Cidadania.

Não por acaso, PH foi reeleito pelo PSDB, mas com o advento do populismo de direita, voltou suas ações para mais essa oportunidade. Ele não tem do que reclamar: já foi “protegido” pelos eleitores de direita em duas ocasiões, após pedidos de impeachment contra ele.

Leia também: Líder comunitária protocola na Câmara impeachment de Paulo Henrique

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