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Radialista acusado de ser fantasma na Câmara diz que era prestador de serviço

O radialista e ex-presidente da Câmara de Pompéia, na região Centro Oeste do estado de São Paulo, Elísio Ignácio da Rocha, se defendeu da acusação de que seria “fantasma”, no Legislativo de Marília, 450 km da capital.

De acordo com o comunicador que também já foi candidato a prefeito por Pompéia pelo PMDB, foi sim, por três meses, prestador de serviços ao ex-presidente da Câmara de Marília, Eduardo Duarte do Nascimento.

Pelo serviço de criação e apresentação de um programete de divulgação dos feitos do parlamentar Rocha diz ter recebido mensalmente R$ 1,5 mil.

Confirmou também ter visto pela Câmara de Marília, outro político acusado de ser fantasma: o ex-prefeito de Quintana, Ulisses Licório (PMDB) mas, não soube informar sobre quais assuntos tratava na Câmara mariliense. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Cidade FM 91,5. (ouça áudio abaixo).

O CASO

De acordo com o Jornal Correio Mariliense, a Polícia Civil aguardava o envio de documentos solicitados junto a Câmara para ouvir as pessoas envolvidas na denúncia de contratação de servidores fantasmas pelo vereador Eduardo Nascimento, quando ele foi presidente do Legislativo.

O inquérito foi aberto pela Polícia Civil atendendo pedido dos promotores Isauro Pigozzi e Rita de Cassia Bergamo, que receberam carta com denúncia de suposta contratação de servidores fantasmas.

O promotor Pigozzi afirmou ao Correio Mariliense, na ocasião, que a abertura da investigação foi determinada para “averiguar as possíveis irregularidades apontadas na carta anônima entregue à Justiça”.

Fábio Pinha Alonso, delegado assistente da Seccional, explicou que solicitou informações para a Câmara a fim de fazer a instrução do inquérito.

A partir desses documentos, ele deve convocar servidores que trabalharam para o ex-presidente Nascimento e outras pessoas que possam dar informações e detalhes sobre o caso.

Nascimento declarou, ao ser procurado para falar sobre o assunto, que está tranqüilo e dorme o “sono dos justos”, pois está certo que não contratou nenhum servidor de forma irregular.

A carta anônima encaminhada ao Ministério Público em 5 de abril, aponta que o ex-presidente Eduardo Duarte do Nascimento tinha como assessor até o ano passado um servidor de nome Ulisses Licório, que seria empresário do ramo de construção civil e que foi exonerado em 27 de maio de 2010.

A exoneração consta do Diário Oficial do Município, na data citada pela carta. O denunciante aponta que Eduardo ficava “com todo o salário, e com o cartão de alimentação da Câmara, um tipo de vale refeição. “Ele (Licório) nunca esteve e nunca trabalhou na Câmara”.

A mesma acusação é feita sobre a nomeação de Elísio Ignácio da Rocha, que é ex-vereador em Pompéia. A acusação prossegue, apontando a contratação da servidora Elaine Cristina Ferro, que repassaria R$ 4 mil de seu salário ao ex-presidente Eduardo Nascimento.

O autor da denúncia destaca ainda que, como a Câmara não tem sistema de registro de ponto para os cargos em comissão, não há fiscalização em torno da presença deles no Legislativo.

Áudio:

Radialista nega ser fantasma

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