Natal sem luz: aumenta reclamação de descaso com iluminação pública

Igreja Matriz, cartão postal da cidade é vítima de descaso político

É um verdadeiro contraste o que vende-se da imagem da cidade de Tupã, no que diz respeito a iluminação de fim de ano. Para muito contribuinte o Natal foi sem luz. E, não adianta reclamar. Aliás, não há a quem reclamar, apesar do 0800, instituído com a finalidade de dar solução às reclamações dos cidadãos.

Foi exatamente por isso, que Marcos Rosa deixou o cargo, como primeiro ouvidor da prefeitura. O prefeito Waldemir Gonçalves Lopes, não queria problema, dizia ele, se referindo ao linha direta que ele adotou, como uma das primeiras medidas da administração.

O vereador Valdemar Manzano (PDT) procurou o a reportagem do Blog às vésperas do Natal para dizer que vários tupãenses teriam procurado para reclamar a falta de lâmpadas em postes das vias públicas. “É um Natal sem luz” observava Manzano, numa analogia ao Natal de Luz da Praça da Bandeira. Toda enfeitada é verdade, mas o principal cartão postal da cidade, a Igreja Matriz de São Pedro, é relegada pela administração que sequer atende aos reclames do padre Antonio Padula.

LUZ QUE NÃO RELUZ

A propósito, observou um fiél da Igreja Matriz, que há dois holofotes à frente da igreja (um de cada lado) e algumas lâmpadas que ladeiam a igreja (dessas tipo bola). Todos eles estão desligados ou queimados, e segundo o sacristão me disse, a Igreja está às escuras a quase um ano. Um dia passando ao lado da prefeitura, vi alguns eletricistas fazendo a manutenção dos holofotes que iluminam aqueles arcos da prefeitura e testando-os, aproximando-se o Natal de Luz na Praça.

Toda a praça está iluminada e o principal cartão postal da cidade permanece às escuras.
Será que a Secretária de planejamento e infra-estrutura, ou sei lá qual secretaria é responsável pela manutenção das praças ainda não viu isso? Praças são reinauguradas com nova iluminação todos os anos e a principal praça de Tupã não recebe reparos nenhum? Há vários postes apagados (é só passear pela praça que se vê).

Um dia vi um casal de namorado (no escuro) nuns “amassos” que provavelmente algo pior iria por vir.A escadaria da igreja tem se tornado após as missas (às vezes antes e até mesmo durante a semana à tarde) em rampa de skate, roda de bate-papo, e ocorre ali até ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, e sempre vejo menores entre eles. O que aqueles guardas que vigiam a praça fazem? É gasto de dinheiro com funcionários à toa.

Com esse tal de Natal de Luz na Praça, monta-se várias atrações em toda a praça, e sempre monta-se algo bem em frente da igreja impedindo o acesso dos carros até a escada da igreja e fecham com corrente para ninguém passar. No ano passado choveu no dia da Missa de Natal e a funcionária da Igreja foi pedir a gentileza para o guarda abrir a corrente para um carro ir pegar uma idosa na porta da igreja, o guarda se negou a fazer tal serviço e ainda xingou a funcionária.

Todos os eventos na Praça da Bandeira impedem o acesso à Igreja. É uma vergonha Tupã não ter um espaço para tais eventos, e esses tais eventos todos são feitos na Praça da Bandeira, deixando as ruas onde são montadas as barracas com buracos, mancha de óleo, sem contar os estragos que são feitos na grama, e a praça cheia de lixo.

O prefeito parece que quer arrumar briga com o padre; sei que o Padre já tentou diálogo com o prefeito, e também com a secretária de cultura, mas em vão… Acho que o prefeito quer ser mais importante que o padre, e deve ser por isso que a Igreja fica às escuras, e tem sua entrada fechada sempre que tem um evento na praça (todos os meses) e em frente da prefeitura ele não monta barraca nenhuma. E se por coincidência tiver um casamento? E os cadeirantes que tem o acesso à igreja impedido?

“Desculpe se me alonguei. Espero que tenha compreendido, meu caro Jota Neves. Obrigado por terem pessoas como você em Tupã que defende os tupãenses. Deus abençoe”, observou um dos fiéis da Igreja Matriz, conhecedor profundo dessa crise política pela qual passa Tupã ao ponto de estender-se e afetar relação entre Executivo e a Igreja Católica.